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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Despercebida

[Paulo Henrique]
Quando estais imerecidamente só
E imaginariamente triste,
Nem te apercebes, infelizmente,
Que um mundo a tua volta existe

[Stefanny]
Mundo que explode em chamas
Clama a tua mente insana,
Felicidade de um mundo proclama,
Que emana a tua sombra nas horas vazias.

[Paulo Henrique]
Outra vez, na arca de desejos,
Velejando pelas madrugadas,
Bocejando as ondas do infinito.

[Stefanny]
Despercebida, adormecida, esquecida
Deixando com que as ondas do infinito,
Leve-me para outras vidas. 


Autoria de Stefanny Ribeiro e Paulo Henrique.
Todos os direitos reservados.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Deusa Ruiva


Sou ruiva, sou fogo;
Desejo ardente, corpo que invade em chamas.
Que reacende que incendeia,
Que envolve e irradia,
Essência da inteligência que entranha na mente, divina.

Cabelos vermelhos, soltos;
Liberdade que vadeia explícita,
Sobre a veia que emana tuas malícias.

Deusa ruiva de corpo e alma,
Sangue vermelho que te envolve;
Sol que queima luz que incendeia.
Que te rouba o ar e não devolve.

Fogo, vermelho, sangue, êxtase.
Meu corpo, tuas mãos procura;
Minha chama teu desejo clama,
Poderosa, devassa, calor e ternura;
De quem, ansiosa espera, alimenta formosura.

Poesia dedicada a meu inspirador de última hora. 
[Alberto] - vistes, bastou uma palavra. 


Autoria de Stefanny Ribeiro.
Todos os direitos reservados.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Conto de fadas, pura ilusão ou pé na realidade ?

Crei um conceito de perfeição e esqueci que esse conceito se é aplicável apenas em conto de fadas. Agora, esse conceito que era inatingível me foi despedaçado por uma espécie de bruxa (destino) e meu conto de fadas se tornou um mero caso mesquinho onde eu só sonhei, fantasiei, criei expectativas em cima de algo que nunca existiu. Agora sofre, quem manda viver de sonhos. Já acordei. Bom dia à todos e acordem, acordem de seus sonhos.


Autoria de Stefanny Ribeiro.
Todos os direitos reservados.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Os sintomas da nova geração

Nunca se viu geração tão idiota quanto esta embalada por 'cores', axé music e conduzida por discursos vazios de fé e sentido social proclamado por Padre Marcelo.
Mas que não se seja injusto: é uma geração heterogênea - ou se é alienado por completo ou se é fanatizado por doutrinas religiosas e ridícula politicagem.

As poucas mentes sobreviventes do bombardeio de imbecilidade não são suficiente para preencher estatísticas.

Jovens que dizem entender de música e cita Backstreets boys, Cine e Restart como exemplo de qualidade, jovens que pregam o apocalipse por meio do demônio quando o diabo está à frente, jovens que entram na faculdade e acham ''lindo'' matar e morrer por um status dito intelectual, jovens que dizem, sem a mínima originalidade, ''O que é isso companheiro?'', em cima de palanques, com a naturalidade e a eficácia vista há 20 anos...

O que esperar de uma geração cujo maior sinal de protesto frente à sociedade é usar piercing no umbigo e pintar as unhas de preto? Como acreditar em uma juventude que se deixa tomar por ideologias industrializadas, unicamente e faz o Mc Donalds sua logomarca?

Historicamente, os anos 90 foram a ''década perdida''. Em que pouco de produziu utilidades no campo ideológico-intelectual. Em que pouco se consumiu e exigiu arte que valesse a pena. Em que computadores assumiram a vez a opção de entretenimento, deixando preteridos os livros. Acham os representantes desse ''tempo'' que remodelaram os valores e redefiniram conceitos: chama de ''amor'' qualquer flerte eventual, banalizam o beijo e o sexo (expondo-se a qualquer contato), fazem planos que terminam no dia em que se casarem ou passarem no vestibular.

Por parte dos sensatos, há uma completa descrença quanto ao futuro dessa geração. No entanto, não é uma questão de otimismo ou pessimismo. É uma questão de lógica: é lógico que os fracos e ignorantes sucumbem, mais dia, menos dia.

terça-feira, 10 de maio de 2011

De volta das trevas (ou para as trevas)

Depois uma temporada por fora. Depois de andar alguns passos, sem ser convidada, no jardim do éden. Eis-me aqui, de volta às origens… Pra quem não sabe, estive colando ossos e cacos de coração, dormindo cedo, acordando ainda mais e não escrevendo nada. De volta depois da minha quarta morte, outro suicídio e, enfim, a páscoa: ressurreição. Nos lábios de outro alguém, no suor, no hálito, no sangue impregnado nas minhas papilas gustativas para a eternidade. Talvez eu não seja mais a mesma: o tempo passa e as mudanças são inevitáveis: pra melhor ou pra pior, tanto faz. No entanto sou eu, depois de uma noite escutando verdades absolutas, depois de uma noite de soluços e lágrimas que escorreram sobre meu tépido peito . Meus cacos ainda mal colados tentam recuperar o fôlego. Amanheço, triste demais e ao mesmo tempo feliz por estar de novo no inferno com todos vocês, meus amigos. Dizer, sorridente: estou de volta! E pra comemorar, deixo um poema do Bukowski, triste & significativo.

outra cama

outra cama
outra mulher
mais cortinas
outro banheiro
outra cozinha
outros olhos
outro cabelo
outros
pés e dedos.
todos à procura.
a busca eterna.
você fica na cama
ela se veste para o trabalho
e você se pergunta o que aconteceu
à última
e à outra antes dela…
é tudo tão confortável -
esse fazer amor
esse dormir juntos
a suave delicadeza…
após ela sair você se levanta e usa
o banheiro dela,
é tudo tão intimidante e estranho.
você retorna para a cama e
dorme mais uma hora.
quando você vai embora é com tristeza
mas você a verá novamente
quer funcione, quer não.
você dirige até a praia e fica sentado
em seu carro. é meio-dia.
- outra cama, outras orelhas, outros
brincos, outras bocas, outros chinelos, outros
vestidos
               cores, portas, números de telefone.
você foi, certa vez, suficientemente forte para viver sozinho.
para um homem beirando os sessenta você deveria ser mais
sensato.
você dá a partida no carro e engata a primeira,
pensando, vou telefonar para Janie logo que chegar,
não a vejo desde sexta-feira.

Ps: só mudo o sexo da pessoa citada no poema, como se eu estivesse na pele de Bukowsky.

Charles Bukowski [do livro O Amor É um Cão dos Diabos, L&Pm Editores, 2007; Tradução de Pedro Gonzaga]


Publicado em abril 24, 2011 de 6:17 pm e arquivado sobre Charles Bukowski: poemas e textos., Nonfiction, Outros Autores, Poemas com as tags , , , , , , , , , . Você pode acompanhar qualquer resposta por meio do RSS 2.0 feed.

com alterações.

Um Sopro de Vida - [Clarice Lispector]

“Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida. Viver é uma espécie de loucura que a morte faz. Vivam os mortos porque neles vivemos”.

Lições extraídas da dor !

De uma forma muito negativa estou aprendendo que não importa o que aconteça ou quão ruim pareça o dia de hoje, a vida continua, e o amanhã será melhor.
Estou aprendendo que a vida sempre nos dará uma segunda chance e que viver não é só receber, é também compartilhar.
Estou aprendendo que a vida não é um corredor reto e tranquilo por onde iremos atravessar sem obstáculos, mas um labirinto cheio de infinitas surpresas.
Estou aprendendo, acima de tudo, que ainda tenho muito o que aprender. Ilusão daquele que acha que sabe de tudo.
Estou aprendendo a ter consciência de quanto nossa vida é preciosa e que devemos pensar duas, três vezes antes de jogarmos fora oportunidades de sermos e de fazermos outras pessoas felizes.
Estou aprendendo a agradecer por tudo o que conquistei. O que perdi, perdi, mas sei que sempre haverá tempo para apreciar a beleza das flores que estão inteiras ao meu redor.
Estou aprendendo a valorizar cada momento junto daqueles que me são caros, pois num piscar de olhos tudo pode se esvair e só nos restará lamentos e muitas saudades.
Estou aprendendo que não devo lamentar, pois estarei fazendo  um grande mal não só pro meu físico, como a meu espírito.
Aprendi, principalmente, que feliz é aquele que é feliz o que tem em maõs no momento, que aprende com seus erros, aperfeiçoa com seus acertos, e que A HORA CERTA VAI CHEGAR. Nesse momento eu só preciso de forças. O tempo se encarrega de fechar esta cratera. Digna de todo esse sentimento que aprendi a cultivar e que só se encaixa na figura do teu ser!


Autoria de Stefanny Ribeiro.
Todos os direitos reservados.